O dia amanheceu perfeito para ele. O ar gélido arrepiava os pelos do seu corpo, e o calor do Sol o englobava num abraço. Olhou de relance para a cama em que dormira e lá estava ela, como o mais belo anjo, descansando tranquilamente. Arrumou-se e partiu, não devia levar isso adiante. Ao sair, lançou um último olhar para a mulher que talvez mudasse tudo. As horas seguintes voaram, um único pensamento, uma única visão, uma única lembrança: ela. Há quem diga que ele, Thomas, é um mulherengo, que conquista todas as mulheres que cruzam o seu caminho, para no dia seguinte sumir logo cedo e nunca mais dar notícia. Da segunda parte ele não discordava, agia assim. No entanto, ninguém o entendia. Ele já foi feliz ao lado de alguém, já amou, mas sofreu demais. Ela o magoou, e, então, nunca mais se ouviu falar dela. A solução que Thomas encontrou foi se esconder, criar um novo alguém, não se permitir sofrer. Porém o caminho para isso foi não se apegar. As mulheres que acabava conquistando se entregavam à paixão, assim ele só aproveitava. Mas foi naquela semana que as coisas começaram a mudar. Esta mulher tem um quê de mistério, veneno no sorriso, malícia nos olhos e movimentos espetaculares. Ele não sabia ao certo o que lhe chamou a atenção. Talvez tenha sido esta mulher como um todo, um desafio. O problema seria em se aproximar. Tem medo de quê, Thomas? Exato, não tens medo de nada. Nem medo, nem problema. O sorriso, o cheiro, as curvas desta mulher eram indescritíveis. No primeiro dia tudo ocorreu bem, ele a fez rir, agradou-a. Pode ver o brilho em seus olhos. Conheceram-se melhor. Helena tinha uma personalidade forte. Determinada e querida por todos. Não há alma que contrarie esta mulher. E no fundo ele já sabia no que isso ia dar. Passaram-se dias, e em todos, os dois se encontraram. Línguas venenosas já diziam “pobre mulher” quando Helena passava. Mas, graciosamente, ela jogava seus cabelos castanhos por sobre o ombro, lançava um olhar indiferente e voltava a sorrir, atraindo a atenção de todos. Ele estava gostando desta mulher. Ela não era como as que ele já havia conquistado antes. Ela faz a conquista longa e difícil, faz valer a pena. Até que um dia acordou ao lado da mulher que despertava um novo Thomas. Ele levantou, incrédulo, arrumou-se e partiu. Mas no fim do dia foi para lá que voltou, para o lado da mulher que o conquistou e que o ajudou a amar novamente. Aquele dia amanheceu para tudo ser diferente.
"Conte-me e eu vou esquecer. Mostre-me e eu vou lembrar. Envolva-me, e eu vou entender." Confúcio
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Quem sou eu

- Maria Paula
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Bah, muito bom Maria.
ResponderExcluirCada texto teu tu se supera
Parabéns guria !
;)