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quinta-feira, 3 de maio de 2012

O meu sorriso a ti pertencerá

‘Os meus olhos já refletem o teu olhar. Diga-me, como consegues me prender assim? Fazes alguma bruxaria? Ou é apenas o teu brilho que me conquista? Vicia-me, tão suave e tão calmamente, neste teu sorriso. Agora um pôr-do-sol raia no meu horizonte. ’ Há quem diga que esta menina não é capaz de se sentir assim, afinal ela é fria e sem sentimento. Mas esses não conhecem a menina sobre quem falam. Ela é irônica e levemente adocicada. Importa-se com quem prova que merece algum reconhecimento, aqueles que ela, sem hesitar, defenderia arduamente. Por quem ela não desistiria. E por aqueles que a acompanham há tempo, ela iria ao Inferno pelo o que precisassem. Afinal, não são todos que se acostumam com ela. Por ser tão, em algumas situações, sensível, aprendeu a se proteger daqueles que costumam se aproveitar. É fria, não há como negar. Mas agora sabe separar as coisas. “Digam o que quiserem.” “Só te importas com o teu próprio umbigo, com o teu próprio mundo, não é?” perguntaram-lhe uma vez. A menina respirou bem fundo, cansara de responder esta mesma pergunta várias vezes. “ Não é mais fácil? Menos estressante?” “Acho que eu ficaria louco se fosse. Eu posso não ser o mais pensante, mas às vezes me enlouqueço.” “Veja dessa perspectiva, então: o meu pequeno mundinho é território conhecido, mais do que conhecido, eu diria. Sei cada coisa que agrada e o que desagrada, no caso, a mim. Então por que eu iria me arriscar em território desconhecido? Quanto mais eu sei, mais eu posso.” “Não achas que isso cansa? Conhecer o conhecido dia após dia? A emoção está em se aventurar pelo desconhecido.” Ela nunca teve conversas assim com ninguém, estava surpresa quanto à ousadia do garoto em abordá-la daquela forma. “E se não gostarmos do que descobrirmos?” “Aprenderemos, então, a lidar com isso. Tornaremos isso positivo. Vamos, tu não deves ser tão assim como dizem…” “Assim como?” “Tão fria, insensível… Eu sei que este é apenas o teu escudo. Que o teu mundo é diferente.” “E qual é o problema se não for?” “Seria tão somente decepcionante.” “Não sei qual é o objetivo desta conversa, mas acho que já bastou.” “ Seja o motivo dos sorrisos de alguém, e permita que este alguém seja o teu motivo.” E, então, o garoto partiu. Nunca ninguém a instigou assim. E que diferença fazia? Com ou sem aquela conversa, ela já sabia a quem o seu sorriso pertencia.

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