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domingo, 3 de junho de 2012

Contigo ao meu lado, sei no que acreditar

O que seria isso que nunca sentira antes? Antes, era tudo tão simplório, agia indiferentemente. Mas agora algo mudou. E era possível, claramente, perceber. “E se…” “E se nada, garoto. Não coloque ideias nesta cabecinha, se sabes que não terás retorno.” Ela era fria demais, mesmo não sendo. “Tu estás diferente”, um dia ele lhe dissera. Realmente, ela estava diferente. Algo, no seu âmago, indicara isso. O que tanto reprimia acabara por transbordar. “Imaginação. Estou mais sorridente, se é isso que me dizes.” Ele a encarava, e por vezes sorria. Um mistério para ele, a mais pura lógica para ela. Estaria ele tentando ignorar? O que estaria buscando? Uma confirmação verdadeira, incontestável. Devia ela, agora, provar-lhe. “Não sabia que gostava de mim… Não assim, pelo menos.” Ele a provocava como o gato que brinca com o novelo antes de desenrolá-lo. “Nunca disse o contrário.” “E por que não me disseste nas vezes que te perguntei?” “Não encontrava palavras para dizê-lo.” Assim se silenciavam. “Por favor, não me entenda errado.” ela suplicava. Sem dizer, ele apenas sorria-lhe. As horas passavam, e se arrastavam quando estavam juntos. “Acho incrível como as pessoas mudam quando estão com outras, não é?” ela, indiferente, comentava. “Por que dizes isso?” Desvencilhando-se do abraço que a envolvia, olha-o com os olhos de pura malícia. “Foi só um comentário, não precisa te acanhar.” Beijando a sua bochecha, ela recosta a face sobre seu ombro. Ele pode ser o gato às vezes, mas nunca deixará de ser o seu novelo. Inquieto, ele tamborilava seus dedos na perna dela. “Eu sei que mudo quando estou com outras pessoas.” ele disse. “Nem te preocupes com o meu comentário. Isso é natural. Entendo que o jeito que tu ages comigo é diferente do jeito que tu ages com o teu melhor amigo, ou melhor amiga.” Ele sentiu uma pontada quando ela dissera ‘melhor amiga’, mas não sabia explicar o que era. Mas no fim, acabou entendendo. “Estás com ciúme de alguém?” “Eu?” perguntou ela, rindo timidamente. Ele nada disse, apenas esperou por resposta. Persistindo o silêncio, ela resolveu se pronunciar. “Ok, estou com ciúme sim. Sei que há tempos ela é a tua amiga. Melhor amiga. Vocês estão sempre juntos, e agora que percebi que gosto de ti, sinto medo de perder-te.” “Não precisas te preocupar com isso, anjo. Somos só amigos, e, além disso, não faço o tipo dela.” Ele beijou-a de leve, vendo-a enrubescer. “Estou contigo e só contigo.” “Fazer o quê? Sinto saudade, sinto ciúme, já não posso mais controlar.” Dizia ela, envergonhada. “Não sabia que tu sentias ciúme, parecia tão indiferente quanto a isso…” “Não costumo sentir, e é quando eu sinto que me preocupo.” “Terei de me certificar de que não sintas…” Ele disse, beijando-a outra vez. “Minha menina ciumenta, não quero que essa ideia atormente-a novamente. Não suportarei ver esta tua boca curvar-se por essa preocupação infundada, ouviu-me?” Sem responder-lhe, ela acena a cabeça. “Então, assim serei teu, e tu serás minha!” Suas mãos se encaixaram, e a segurança de se terem tomou-lhes calmamente.

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