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quarta-feira, 7 de março de 2012

Nós queremos que tudo mude


Ele deixa de lado, então, os papeis. Sem inspiração... No que mais poderia pensar? O que mais poderia tentar? Já não havia esgotado suas opções? Sabia que dali pra frente, tudo seria diferente. Teria ele coragem de seguir? Estrutura para aguentar? Enquanto pensava, voltava aos poucos a escrever. As ideias surgiam-lhe na mente. Escrevia o que sentia... Não, sentia o que escrevia. Cada palavra, cada frase, cada parágrafo. Era só mais um capítulo, mais uma página, para no fim criar um livro inteiro. Algumas palavras permaneciam em sua mente. Magoado, claro que estava. Não esperava aquela atitude. Receoso, não se desculpava por algo que não fez. De repente, uma lembrança, a mais real de todas que podia ter. Tinha-a bem a sua frente. Quase podia senti-la. Sentia seu cheiro no ar. Mas, ainda assim, não conseguia se aproximar. “Engraçado quando a gente não consegue retomar ao que éramos antes. Engraçado esse clima que fica entre a gente. Que nos obriga a desviar o olhar.” dizia ela. Por mais que tentasse, não dava um passo à frente. Estava estagnado, num mesmo lugar. “Lembre-se de enfrentar os teus medos, os teus receios. Saia dessa caixa de conforto. Assuma uma posição.” seus dedos, trêmulos, escreviam no papel. Durante este conflito que criou para si mesmo, ele toma uma decisão. Assume um lado. “Mensagem enviada” exibia a notificação no celular. Tão melhor ficou que conseguiu acabar seu livro, por inteiro. Ficou mais tranquilo sabendo que poderia ver o céu por detrás das nuvens. Sabendo que seus dias ficariam menos pesados, mais bonitos e tão mais vívidos. E sua caixa de saída o entregava: “Desculpe, disse que não devia. Não há palavras que expressem o meu estado agora. Errei, e reconheço. Mais do que tudo, te admiro, isso não mudou. Então, se puder me perdoar, mesmo que não volte a ser como era antes, ficaria aliviado. Mesmo sendo ignorado, prioridade é o teu perdão. Só isso.” finalizando a mensagem; “Desculpe, de verdade.” A resposta chegou quase instantânea: “Reconhecer não é suficiente, de tão errado que estava. Mas não estou aqui para julgar. Terá o meu perdão, assim que fizer valer a pena. As palavras são muito básicas, prove que se arrependeu com atitudes.” Mas a resposta tardou a chegar. E que belo dia surge detrás das nuvens.

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